segunda-feira, 19 de março de 2012

Interesses e manobras

          Ao rejeitar a recondução de Bernardo Figueiredo para um novo período como presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, impondo, consequentemente, uma derrota inesperada ao Governo, o colegiado de senadores não prestou nenhum serviço ao Governo e muito menos à sociedade. Outros interesses estavam em jogo. E não eram os interesses da Nação que defendiam os senadores.
Vetar o nome de Bernardo Figueiredo significava, no momento, adiar o lançamento do edital de licitação para concessão de linhas de transporte rodoviário de passageiros, e a insatisfação é do empresariado do setor, contrário ao projeto do Governo de licitar, aproximadamente, 92% das linhas de ônibus do país, medida esta que revolucionará o segmento.
O Projeto da Rede Nacional de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros – Propass, a maior licitação brasileira no segmento, prevê que a seleção das empresas seja executada pela Bolsa de Valores, contrariando, assim, aos interesses do empresariado que prefere a concorrência pública, modalidade mais sujeita à interferência na escolha.
A maioria das empresas de transporte rodoviário de passageiros não atende ao que dispõe a Constituição quanto à forma de exploração das linhas por contrato de concessão. Explorando os serviços em regime de permissão.
O Propass prevê que idade máxima da frota deverá ser de dez anos contra os atuais 14 anos; a inclusão de mais 34 cidades que não dispõem de linhas regulares; e, ainda, que a exploração das linhas por concessão tenha prazo de 15 anos e não 25 anos como defendem os empresários.
Enfim, o Propass contraria interesses de empresários do setor de transporte rodoviário de passageiros e traz benefícios aos usuários dos serviços e à sociedade como um todo.
É preciso que os interesses maiores do povo e da Nação se sobreponham aos interesses de grupos e classes, contribuindo desta maneira para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Afinal, há muito a ser feito.

4 comentários:

  1. Parabéns,Jorge Guerra pelo belo texto.
    Deixo abaixo o meu poema para você ler
    Abraços:Diogo Rocha Braga,seu primo

    Interesses,uma manobra muitas escolhas.
    Do governo,
    Dos senadores,

    Dos políticos,
    Dos vereadores e

    Que repercute no transportes
    Agora,andar a pé eu vou por que,de ônibus ...
    Não dá, e quanto aos interesses do povo...

    Eles foram viajar para Bagdá......
    Lá bem longe.Mas,ainda tenho fé...

    nos interesse e manobras para um brasil perfeito...

    Uma sociedade mais justa e igualitária.
    O nosso desejo que para almejá-lo,
    Para o povo ,do Brasil inteiro
    "Afinal, há muito a ser feito".Andar com fé eu vou,que a fé não costuma faiar",Vamos lá.

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    1. Valeu, primo Diogo.
      Beleza de poema em cima do texto. Parabéns, mesmo!
      Um abraço

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  2. E o povo brasileiro mais uma vez paga a conta, afinal senador não anda de ônibus....anda no jatinho do dono da frota!

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    1. Pois é. A lógica brasileira é que ônibus é para o povão e senador anda de avião (cedido).

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