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| Foto: Dicas de Viagem |
O
Natal é festa, é celebração, é alegria e é luz artificial. A cidade do Natal é
festa, é mar, é alegria e é luz solar todos os dias do ano, ou seja, é Natal o
ano todo.
A
capital do Rio Grande do Norte tem como antecedente à sua fundação, a
construção de uma fortaleza, sobre os arrecifes, à margem esquerda da foz do
rio Potengi com o objetivo de proteger a capitania contra os ataques indígenas e dos corsários franceses. Em
formato de estrela, a construção em pedra, argila e óleo de baleia, teve início
em 6 de janeiro de 1598 e foi concluída no dia 24 de junho do mesmo ano. Nascia
assim, o Forte dos Reis Magos. Com a construção da fortaleza não tardou o
surgimento de uma povoação e em 25 de dezembro de 1599 é fundada a cidade do
Natal.
O gentílico do Rio Grande do Norte é chamado de potiguar ou potiguara
em referência a uma grande tribo Tupi que habitava a região litorânea. Em Tupi quer dizer "comedor de camarão". Dizem os natalenses que o gentílico do sertão é o
“papa jerimum”.
Natal é a segunda menor capital brasileira em
área territorial, entretanto, é a sexta capital em densidade populacional. De
acordo com a NASA, a cidade tem o ar mais puro de todas as Américas.
Estive em Natal, pela primeira vez, em 1981, em
viagem de lua de mel. Encantei-me pela cidade com ares interioranos, excelente
culinária regional, praias lindíssimas e todas elas apropriadas ao banho. Quis
o destino e no ano seguinte, chegávamos de mala e cuia como novos moradores da
cidade do Natal.
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| Foto: Elias Medeiros |
Naquele tempo, no setor hoteleiro da cidade
dois expoentes se destacavam o Hotel Ducal, no Centro, e o Hotel Reis Magos, na
praia dos Artistas. Outros pequenos hotéis e pousadas compunham a rede de
hotelaria. Na praia de Ponta Negra apenas a Casa de Hóspedes (pousada
administrada por religiosos). O único canal de televisão local era o da TV
Universitária da Ufrn. A TV Globo era sintonizada a partir de uma repetidora da
mesma rede em Recife. Dois jornais disputavam a preferência do público de terça
a sábado o Diário de Natal e a Tribuna do Norte. Aos domingos (já no sábado
após as 17h00) circulavam O Poti.
Havia, ainda, A República que
circulava junto com o Diário Oficial
do Estado, de segunda a sexta. Não havia Shopping
Center. O acesso ao litoral norte era feito pela ponte de Igapó.
Nas barracas da praia de Ponta Negra os
fregueses assíduos tinham suas despesas de final de semana anotadas em
cadernetas e devidamente pagas por ocasião do recebimento do salário. Para
desfrutar de um dia na praia de Cotovelo era preciso levar os comes e bebes,
uma vez que não havia barraquinha para comercialização. Redinha, no litoral
norte, era ponto de veraneio dos abonados natalenses. Genipabu, coisa de
turista rico. Pipa, Cacimbinhas, Praia do Amor, Búzios eram quase inacessíveis.
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| Foto: Imóveis Mitula |
Agora, trinta e alguns anos depois,
arranha-céus fazem sombra sobre o mar de Ponta Negra, o acesso ao litoral norte
é feito por uma moderníssima ponte estaiada, hotéis se avizinham por todas as
avenidas, restaurantes, bares, shopping centers,
turistas etc, se multiplicam. De fato, a cidade cresceu e quase triplicou a sua
população, mas continua aconchegante, simpática e acolhedora.
Ponta
Negra, mais que nunca, afirma-se como a princesinha do mar nordestino. Que bom ter ido a Natal!



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