quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A cunha que não cabe no ajuste


Foto: Lula Marques /Agência PT
Diante da constrangedora situação vivida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, envolvido em várias denúncias de corrupção, que o fazem “pular corda” para tentar uma sobrevida, se desenha uma vertente vexatória para a oposição ao governo, vez que vivem em constantes ações conjuntas saltitando e frestando oportunidades para cavar e plantar o impeachment.
A cunha dos acordos pesa muito e o momento é embaraçoso para a oposição que não consegue se desvencilhar do fardo.
Quem procura, acha! E acha o que procura e, também, o que não procura.
A dupla de expoentes do neoliberalismo Fernando Henrique e Aécio Neves, tem perdido o sono. E não é para menos. Afinal, como enfrentar os partidários e dizer que estavam enganados em relação a Eduardo Cunha, o testa-de-ferro do moralismo, a quem estavam alinhados?
Mega inventor de ritos sumários e artimanhas na condução de votações como presidente da Câmara, alinhado ao “estado golpista” tenta manobras para salvar a sua pele. Suas ideias, a cada dia, despertam menos interesse.
Como soluço de fim de vida tenta arquitetar a votação em plenário das contas do Governo do exercício de 2015. Isto mesmo, contas de 2015, mesmo sem o ano ter acabado! Puro desespero à procura de um galho que o possa livrar da correnteza rumo ao esgoto.

Foto: Lula Marques / Agência PT
O relatório de autoria do ministro Augusto Nardes, do TCU, com a recomendação da não aprovação das contas do Governo em 2014, ainda, não foi votado. Agora, o ministro Augusto Nardes será investigado pelo Ministério Público, suspeito de receber mais de R$ 1 milhão para ajudar a RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, a abater dívidas fiscais. É lodo, sobre lodo!
Aos poucos se vai minando a força de Cunha como articulador e presidente da Câmara dos Deputados. A crise política, como soda cáustica, corrói as tentativas de votação das medidas, propostas pelo Executivo e as emendas do Legislativo, para um ajuste fiscal que possa amenizar a crise econômica do País.

Eduardo Cunha não tem tempo para “pensar”. A cada remessa de documentos vinda do Ministério Público da Confederação, da Suíça, e recebida pela Procuradoria-Geral da República o nó no pescoço do todo ex-poderoso se aperta mais. Começa a sufocá-lo. E ele cada vez, mais sozinho. Ninguém do front está disposto a acudi-lo. É muita grana envolvida. As movimentações em contas na Suíça ultrapassam os R$ 400 milhões. A operação lava-jato já tem evidências de que a conduta do parlamentar não tem nada de ilibada. Inúmeras citações envolvendo Cunha o deixam sem poder de fogo e reação. Ultimamente, uma frase tornou-se sua marca: “Eu? Eu não vou deixar a presidência!”. 

Um comentário:

  1. Tragicômico!! Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.....e o bicho tem nome: Corrupção!

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