O meu blog funciona, também, como um caderno eletrônico para apontamentos e registros para a posteridade. Agora, ao alcançar o topo do aclive da vida profissional ainda pretendo percorrer muito tempo na reta antes do declive natural da vida terrena, seja ela profissional ou pessoal.
Este excelente texto do meu amigo Pedro Paulo Tavares de Oliveira, PP para os amigos, reminiscente e especial para mim, com depoimentos de amigos que me levaram ao envaidecimento e a supor que realmente o meu tempo de servidor público dedicado à Imprensa Nacional foi importante para o órgão e para as pessoas. Assim, e como não poderia deixar de ser, o texto não pode ficar restrito à divulgação interna na Imprensa Nacional, razão pela qual, eu como personagem central, o disponibilizo neste espaço para que outros amigos possam com ele se deleitar.
Nota: Nos depoimentos torno público o texto de PP quando do encaminhamento da mensagem eletrônica para meu e-mail particular.
20 de abril de 2016
SERVIDOR
JORGE GUERRA OPTA PELA PAZ DA APOSENTADORIA
Após
35 anos de dedicação praticamente exclusiva à linha de jornais, o
servidor
Jorge Luiz Alencar Guerra despede-se da Imprensa Nacional sem pressa
para encarar os novos desafios, como convém a esse novo momento da vida.
Porém, ele já adianta os planos de desbotar bermudas e camisetas,
gastar o solado do chinelo, consumir o cartão de
memória da sua inseparável câmera fotográfica Canon e atualizar o blog Na ponta da pauta,
além de retomar a criação de
caprinos na Fazenda São Jorge, situada em Monte Alegre do Piauí, sua
cidade natal. Em reconhecimento à triunfal trajetória desse jornalista
pós-graduado em Gestão Pública, 59 anos, Nosso Jornal
revela como ele galgou, meritoriamente, os postos de estagiário,
revisor, paginador, coordenador de área, coordenador-geral e, em várias
ocasiões, diretor-geral adjunto e substituto. Em reunião de imprensas
oficiais, representou a Casa em Portugal.
O
semblante sério, muitas vezes carrancudo do jornalista Jorge Luiz
Alencar Guerra pode passar a imagem
de alguém mal humorado e impaciente. Em defesa de proposições
consideradas por ele como as mais viáveis para a Imprensa Nacional não
escondia sua irritação nas diversas reuniões de coordenação ou em
discussões com os colegas de setor. Mas o cenho fechado denota
somente o senso de responsabilidade deste agora servidor aposentado da
Casa que, como poucos, adquiriu um domínio profissional para além das
suas atribuições de técnico em comunicação social, cargo para o qual
fora admitido em concurso público promovido pelo
antigo Departamento de Administração do Serviço Público em 1981, mas
chamado somente em 1985.
O
último concurso promovido pela Casa, diga-se. As lembranças daquela
ocasião permanecem vivas na memória
privilegiada de Jorge. “As provas foram realizadas no sábado e domingo,
dias 19 e 20 de dezembro de 1981, no Restaurante da Imprensa Nacional,
aproveitando a estrutura de mesas espaçosas e com possibilidade de
separação de candidatos”, recorda-se.
Ele
representou
a Imprensa Nacional Brasil afora e até no exterior, durante o VII
Encontro de Imprensas Oficiais de Língua Portuguesa, ocorrido
em junho de 2010 na cidade de Tomar, em Portugal. Como representante dos servidores no Conselho Consultivo da Geap, tornou-se um dos seus mais combativos conselheiros.
Acrescente-se
que
a bem-sucedida trajetória de Jorge Guerra na Imprensa Nacional começou
antes da admissão via concurso público, quando aqui estagiou na área de
revisão de texto em 1979, selecionado pelo Instituto Euvaldo Lodi para
cumprir exigência da grade curricular do
curso de Comunicação Social concluído em 1981, no então Centro de Ensino
Unificado de Brasília (Ceub), atual UniCeub.
Das
50 vagas do concurso de 1981, cerca de 60% foram ocupadas por seus
colegas de jornalismo do Ceub,
entre eles Dermeval Dantas, Miguel Félix, Déborah Cardoso (os três em
atividade hoje na IN), Roseleila Marcondes, Lucia Mosmam (já falecida),
Cristina Santos, Elizabeth Vitoriano e Angélica Vilhena. Do Correio
Braziliense vieram Valdir Braz, Maria Teresa, Nelson Monaiar, Lourdes Sallas, Maria Inês e Sandra Regina, dentre outros.
Habilitado
em jornalismo, sua lotação começou pela Seção de Revisão da antiga
Diretoria de Publicações
(DPb), em 1985. Lá permaneceu onze meses, a única excursão fora da linha
de jornais nesses 35 anos de dedicação exclusiva à Casa. Na Seção de
Paginação de Jornais (Sepaj-Diário Oficial da União),
também
da antiga DPb, ele iniciou sua permanente atuação no segmento de
jornais. “Em 1990, fui chamado para cobrir a ausência do titular da
Diretoria de Publicações. Acho que neste mesmo ano as diretorias da
Imprensa foram segregadas em divisões e aí surgiu
a Divisão de Jornais Oficiais (Dijof). Permaneci como chefe da Dijof até
julho de 1994”.

Tão
logo deixou a chefia, recebeu e aceitou o convite de José Edmar Gomes, então gerente da Seção de Paginação de Jornais –(Sepaj-Diário da Justiça),
para trabalhar como tercista.
De lá foi reconvocado a chefiar a Dijof, em 1999. Voltou novamente à
Sepaj-DJ para iniciar e ser
multiplicador na paginação eletrônica. Atuou ali até março de 2003,
quando passou a coordenador de Editoração e Divulgação Eletrônica, hoje
Coordenação de Editoração e Divulgação Eletrônica dos Jornais Oficiais
(Coejo). Em outubro de 2004 respondeu pela Coordenação-Geral
de Publicação e Divulgação (Coged) sendo efetivado como titular de
novembro daquele ano até aposentar-se neste mês de abril de 2016. Coube a
ele também a incumbência da implantação da Lei de Acesso à Informação
na Casa, desde a inauguração do nosso Serviço
de Informações ao Cidadão, em 13 de maio de 2012.
Informatização — Tamanho envolvimento
o levaria a participar ativamente do processo de informatização do DOU e do DJ.
“Começamos a prospectar o mercado no início de 1992. Àquela época,
somente algumas publicações da Abril, do grupo Folha e do grupo Estadão
eram editoradas eletronicamente, mas de maneira muito incipiente”,
lembra-se. Os fornecedores de soluções, quando passavam
a conhecer a realidade dos jornais oficiais da Imprensa Nacional,
esquivavam-se de apresentar propostas. “Chegamos a discutir com
consórcio de empresas que se juntavam para oferecer soluções”.
Somente
em 1997, com a contratação da Empresa de Processamento de Dados do Rio
Grande do Sul (Procergs),
iniciou-se de fato a informatização. “Hoje temos ferramentas que dão
segurança ao processo. Mas tudo isso é evolutivo e não se pode preterir
de investimentos anuais em tecnologia, sob pena de comprometimento da
estrutura e da segurança dos diversos processos”,
recomenda.
Parque
gráfico —
Sob a supervisão de Jorge, o parque gráfico renasceu praticamente das
cinzas. Em 2004 havia apenas duas impressoras offset (Solna 125 e
Multilith), as duas rotativas Goss e uma guilhotina.
Todos os demais equipamentos de pré-impressão, impressão e acabamento,
foram adquiridos entre 2005 e 2010. Ante as restrições orçamentárias, a
gráfica foi planejada para atender às demandas por serviços estratégicos
da Presidência da República. “Nada
fiz
sozinho e nem poderia fazer. Em todos os projetos contei com a
participação e o conhecimento de quem de fato e de direito podia
contribuir”, reconhece.
Naquele
período foram adquiridos dois equipamentos CtP com processadoras
digitais de chapas; a impressora
digital; a impressora rotativa DGM (foto acima); as impressoras bicolor
Adast e a quatro cores KBA; guilhotina trilateral; guilhotina de corte
reto; duas dobradeiras (meia folha e folha inteira); capeadeira;
alceadeira com estação de grampo e corte; laminadora/
plastificadora; sistema de filtragem de água por osmose para os
equipamentos; central de ar comprimido industrial; dois stacker (empilhadora
e contadora de jornais)
Desmonte
— Domínio
técnico, assiduidade, liderança, serenidade, sensatez e companheirismo
foram atributos insuficientes para
impedir sua redistribuição da Casa em 2000 juntamente com mais 27
servidores no famigerado episódio conhecido como Desmonte da Imprensa
Nacional, que também levou de roldão equipamentos e atividades
seculares. Retornou com boa parte dos redistribuídos por determinação
judicial. Uma ação ainda tramita nos tribunais e exige reparação por
danos morais ao grupo transferido sem critérios para outros órgãos da
Administração. Para Jorge, aquela foi a pior fase vivida por ele na
Imprensa Nacional. “O
melhor momento, sem dúvida, é este que estou vivendo. É a certeza do
dever cumprido”, afirma, longe de transparecer o menor sentimento de
revanche.
Família
— Jorge é filho único do fazendeiro e comerciante piauiense Ady Guerra
Lemos, falecido em 2003, e da baiana de nascimento e piauiense de
coração, Daysa Alencar Guerra, professora aposentada, com especialização
em História da Idade Média. “Não
tive
a graça de ter irmãos de sangue. Mas a casa dos meus pais sempre foi
cheia de primos e filhos de amigos que vinham do interior para estudar
na cidade. Assim, tenho muitos sobrinhos”, conforma-se.
A
esse parentesco, ele já sonha acrescentar os netos, anseio
compartilhado com a esposa Denise Maria
Lustosa do Amaral Guerra, psicóloga organizacional e especialista em
Reengenharia de Recursos Humanos, servidora da Imprensa Nacional “e
companheira de todas as horas”. Como essa parte da história familiar
ainda não foi combinada com os filhos, Jorge e Denise
ainda esperarão um pouco.
Daniel,
embora recém-casado com a publicitária Rayssa Mendes Guerra, ainda
posterga a ideia. Também
jornalista, por enquanto dedica-se à Assessoria de Imprensa do Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Mariana, solteira, psicóloga
clínica com especialização em Psicopedagogia, só pensa em diversificar a
clientela do seu consultório e, em breve,
concluir sua segunda formatura, desta feita em Neuropsicologia. Os dois
filhos seguiram a predileção do pai pelo Fluminense. “Torcida
espontânea”, apressa-se a esclarecer Jorge para afastar a hipótese de
pressão, mas esquecendo-se das bolas e camisas presenteadas
a Daniel e Mariana na tenra idade.
De
qualquer forma, quando os netos chegarem, aguarda-lhes a frondosa
sombra dos mulungus e cajueiros
que adornam a casa colonial da fazenda São Jorge, localizada às margens
do outrora caudaloso rio Gurgueia. Ao lado da casa, a capelinha dedicada
a São Jorge reúne vizinhos, amigos e familiares na missa anual dedicada
ao Santo Guerreiro, a cada
terceiro domingo de julho. “Sou devoto de muitos santos. O culto a São Jorge tem muito a ver com a fazenda de mesmo nome e é
uma homenagem de minha mãe ao santo”.
Demonstração da religiosidade católica da família, a capela soma-se aos cinco padres primos de Jorge,
certamente uma extensão dos estudos de dona Daysa em colégio de freiras, na condição de interna, dos sete aos 20 anos.
A
família reside no Guará desde 1990, tendo antes morado em Sobradinho
por cerca de onze anos. Fora
de Brasília, Jorge e Denise moraram em Natal de 1982 a 1985, quando ele
trabalhou na Coordenação Estadual da Fundação Projeto Rondon e, de lá,
retornou para assumir o emprego na Imprensa Nacional. Aquele cajueiro da
fazenda São Jorge é fruto dessa temporada
de Jorge no Rio Grande do Norte, mais especificamente da praia de
Pirangi, local do maior cajueiro do mundo e de onde saiu a muda para o
Piauí. O Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras e o jornal Correio
Braziliense foram as outras duas experiências profissionais de Jorge.
Ainda
em Monte Alegre, cursou o antigo primário no Grupo Escolar José de
Anchieta e o ginasial no Ginásio
Nossa Senhora de Fátima. A relação de Jorge com Brasília remonta a 1971,
época do início dos seus estudos aqui, aos 14 anos. Estudou os dois
primeiros anos do então curso científico no Colégio de Sobradinho, mas
terminou o segundo grau no Colégio Sagrado Coração
deJesus, em Teresina.
Depois
da
conclusão, se preparou para o vestibular em Salvador. Aprovado na
segunda opção para Fisioterapia, não se matriculou. Retornou a Brasília e
conseguiu aprovação para jornalismo no Ceub, por influência de
José
Edmar Gomes, hoje servidor da Imprensa Nacional e amigo de Jorge desde o
primeiro ano do curso científico, em Sobradinho. Em 2014, concluiu a
pós-graduação em Gestão Pública pela Escola Nacional
de Administração Pública – Enap.
Futuro da IN
— Na avaliação de Jorge,
a Imprensa Nacional é um marco referencial. Precisa ser vista pela
angulação da atipicidade da sua natureza na Administração Pública
Federal. “É uma indústria e assim deve ser tratada. Precisa de autonomia
administrativa e técnica para respirar novas experiências;
precisa de decisões pontuais sem subjetivismos. Enfim, precisa de
respeito”. Ele defende a mudança de natureza jurídica para modelos já
testados e aprovados no serviço público, medida que propiciará
crescimento institucional, amadurecimento do seu negócio e
consolidação da importância do seu papel para o Estado brasileiro.
Jorge
situa o fim do jornal impresso como uma decisão de Governo. Mas
considera difícil alguma autoridade
assumir a responsabilidade de descontinuar a impressão. “Não há
segurança cem por cento na inviolabilidade do armazenamento de dados. Os
recursos tecnológicos são caríssimos e sofrem atualizações contínuas
com custos significativos. O jornal impresso é documento
cartorial e dispensa possibilidades de alteração de conteúdo. Além do
mais temos capacidade de impressão instalada de última geração e com
vida útil de 30 anos ou mais. Mas, como disse, é uma decisão de
Governo”.
Aposentadoria
— Aquele cenho fechado se abre em permanente sorriso em família ou com
os amigos em torno de um churrasco. Aí somos apresentados a um exímio
contador de causos, muitos deles ocorridos aqui mesmo na Imprensa
Nacional. O sorriso tende a se alargar com as atualizações
do seu blog Na ponta da pauta, ativo desde 2010. Os planos são muitos, mas ele resume bem. “Primeiramente, esvaziar a cabeça. Mudar
o foco. Fazer coisas das quais me privei pelo profissionalismo. Bermuda, camiseta, chinelo, câmera, laptop.
Depois retomar a criação
de caprinos para produção de carne com cortes especiais na Fazenda São
Jorge. Lá, eu e Denise recarregamos as baterias e finalizamos os
preparativos para viagens. Praia é sempre um roteiro certo”. Na foto
acima, o momento da assinatura do termo de aposentadoria.
Serão benvindas as leituras de obras biográficas. Acaba de ler a monumental Getúlio,
história de vida do presidente Getúlio Vargas, de autoria do jornalista
Lira Neto. É fã de um faroeste no estilo John Wayne, Clint Eastwood, Lee
Van Cleef e Yul Brynner, mas como são raros, contenta-se com as
aventuras e os romances.
DEPOIMENTOS
Museu da Imprensa
Conheci
o
Jorge Guerra quando eu ainda trabalhava no Ministério da Justiça.
Quando o então ministro Paulo Brossard, ou o secretário-geral adjunto,
me solicitava que trouxesse alguma publicação para o Diário
Oficial, recomendava assim: ‘Favor entregar nas mãos do sr. Jorge Guerra’.
Jorge
é
uma das pessoas que mais conhecem a Imprensa Nacional, um excelente
profissional, grande companheiro e amigo. Lembro-me bem uma vez em que
uma turma de estudantes de Direito queria fazer uma visita noturna ao
Museu, com uma palestra sobre o Diário
da Justiça.
Então pedi ajuda ao Jorge, que prontamente se dispôs a fazê-la. A
Imprensa Nacional foi muito elogiada pela iniciativa. Aprendi muito com
Jorge, e gostaria de dizer em meu nome
e do Museu da Imprensa, meu muito obrigado”.
Francisco das Chagas Pinto
Servidor Aposentado da IN.
“Prezado
amigo
Jorge Guerra, enfim chegou o momento em que alegria e tristeza se
conciliam. Alegria porque você, aposentado, terá seu merecido descanso,
uma nova etapa que te trará muitas bênçãos. Tristeza pelo grande vazio
que, sem dúvida você deixou naquele nosso
tão querido "chão de fábrica". Afinal, foram muitos anos que caminhamos
lado
a lado, desde as primeiras minutas do que seria o novo parque gráfico,
até recentemente, há um ano, quando também me aposentei.
Você
marcou profundamente cada um de nós, pela forma como sempre conseguiu
aliar suas competências
profissionais com suas qualidades humanas. Sua prontidão em ajudar, suas
palavras amigas de força e incentivo — particularmente a mim, em
momentos que a mão amiga foi importantíssima na minha trajetória de
gráfico — ficarão guardadas em meu coração. Por tudo
isso e por sua marca indelével cravada em máquinas e homens daquela
Imprensa Nacional, desejo-lhe que o novo caminho que ora desponta,
possa, merecidamente, lhe conduzir à mais plena felicidade. Um grande
abraço”!
José Edmar Gomes
“Quando
entrei
no Colégio de Sobradinho, pela primeira vez, para iniciar o primeiro
ano do segundo grau, no final dos anos 1970, cruzei com um rapaz
cabeludo, de forte sotaque nordestino, que simpaticamente me olhou e
disse: ‘Que que há? Tudo bem?’
Eu, como mineiro, meio introvertido, em meio a gente estranha e recém-chegado de Paracatu,
achei
aquele gesto meio ousado mas, ao mesmo tempo, confortador. Afinal, era
uma atitude de gentileza para comigo, que me sentia invisível em meio a
rostos estranhos. Dali, acabou nascendo uma bela amizade que perdura até
hoje, com grande afinidade de princípios
e de visão de mundo. Vivemos alguns anos na então pacata Sobradinho.
Tempos certos e incertos do final da adolescência, as primeiras
experiências da juventude, o primeiro copo de cerveja, os namoricos e
tal.
A
afinidade cresceu quando ele também optou por jornalismo e, apesar do
seu afastamento de Brasília,
no início dos anos 1980, o destino quis que nos encontrássemos
exatamente na Imprensa Nacional, em 1985. Eu já estava aqui e qual não
foi minha surpresa ao vê-lo sentado numa mesa de revisão, devidamente
investido no cargo de técnico em comunicação social.
Àquela
altura, ele já estava casado com Denise, uma mulher extraordinária, que
lhe deu segurança,
paz e dois filhos fantásticos que eu vi crescer e se tornarem
profissionais tão capazes quanto seus pais, os quais me dão honra de
chamar de tio. Daniel também é jornalista. E que jornalista! Inclusive,
publiquei o primeiro artigo que ele escreveu, acho que
aos sete anos, no Folha da Serra de Sobradinho. Tá registrado.
Confesso
que, ao vê-lo aposentado, levei um susto. Imagino que ele abreviou
seus planos, em função
da sistemática que a administração pública imprime à nomeação dos cargos
de confiança. Afinal, Jorge Guerra acabara de pós-graduar-se em Gestão
Pública e, agora, mais do que nunca, além da especialização, seu
conhecimento acumulado aqui, de estagiário a diretor-geral
substituto, seria de fundamental importância para esta bissecular
instituição. Mas a vida segue seu curso, conforme as circunstâncias.
Então, Jorge, que São Jorge te proteja e te dê muita saúde e paz, ao lado de sua família e dos seus
entes queridos. Vá pela sombra, que estes dias estão muito quentes. Abração de seu velho brother” .
Edivaldo Marques
Presidente da Asdin
Este
é um momento de uma estranheza tamanha.
Durante anos tivemos Jorge Guerra editorando ou coordenando a editoração do Diário
Oficial da União.
Um trabalho de grande importância para o Estado brasileiro como é a
publicação das informações oficiais, sempre feito com entusiasmo e
dedicação. Muitas e muitas
foram
as horas dedicadas por este profissional que sempre honrou a
instituição Imprensa Nacional. A sua sabedoria, esforço e técnica sempre
foram reconhecidas por todos que o cercam.
Por
mim, especialmente, posso dizer que é uma pessoa que sempre se
comportou com ética e profissionalismo
no desempenho da sua carreira pública e me orgulho muito de poder
chama-lo de amigo Guerra. Diversas foram as missões que tivemos juntos
desde o início da informatização dos jornais oficiais, lá pelos anos de
1994.
Os
dias atuais são alegres porque sei que todos temos anseios da chegada
deste momento após cumprimos
nossa missão profissional. Torcemos para que ele chegue juntamente com
saúde, alegria e muita vitalidade e desta forma usufruirmos a tão
sonhada aposentadoria com muita tranquilidade.
Por outro lado, um momento de tristeza, porque a Imprensa Nacional perde um ícone de profissionalismo.
Hoje é quase impossível encontrar alguém que desabone a conduta ética e humana de Jorge Guerra.
Será
muito difícil para a Imprensa Nacional encontrar um profissional com
todos os seus conhecimentos,
sua capacidade técnica, habilidade de negociação e postura profissional.
É um momento de tristeza pela ausência, mas de alegria pela sua vitória
pessoal.
Gostaria
de agradecer por todos esses anos que você dedicou ao crescimento
da Imprensa Nacional
e por seus valiosos conselhos, apoio e intervenções quando se fizeram
necessárias nas lutas da nossa Associação dos Servidores da Imprensa
Nacional – Asdin.
Desejamos que você usufrua bem da sua aposentadoria e tê-lo como nosso sócio será sempre motivo
de orgulho para nós.
Agora o aposentado Jorge Guerra pode, tranquilamente, concluir aquela caminhada pelo calçadão da
Barra da Tijuca...”.
Alexandre Miranda
Coordenador-Geral
de Publicação e Divulgação
Foi
um
privilégio trabalhar e aprender com o mestre Guerra, servidor
apaixonado pela Casa, como tantos, gestor habilidoso, como poucos.
Aposenta o amigo, mas fica o legado de realizações e o exemplo do profissional respeitado que ele
era. Fica também a lembrança
dos ‘causos’ que ele contava como ninguém.
Certamente, Jorge Guerra é um dos grandes personagens da Imprensa Nacional”.
Diretor-Geral da Imprensa Nacional
De 2003 a 2015
“Ao
chegar,
tive muita sorte em encontrar Jorge Guerra na Imprensa Nacional. Um
ex-aluno daqueles que, terminada a aula, vinha à minha mesa para
esclarecer dúvidas e fazer as suas ponderações. Boas lembranças!
Convidei Jorge para assumir a Coordenação de Editoração e, pouco depois, a Coordenação-Geral responsável
por toda a área finalística. Viria
a
ser uma peça fundamental em nossa administração. Competente, leal,
absolutamente comprometido com a Imprensa Nacional e sua missão, capaz
de encontrar boas soluções e implementá-las com surpreendente agilidade,
bom colega, ótimo amigo.
Tenho
certeza que a aposentadoria de Jorge só não traz um prejuízo maior para
a Imprensa Nacional
e a Administração Federal porque jamais deixou de ser o tipo de líder
que fazia questão de dividir o seu conhecimento e estimular o
crescimento dos colegas.
Outras certezas: a de que Jorge terá sucesso nos projetos que vier a realizar e a de que continuaremos
grandes amigos”.
Pedro Paulo Oliveira
Assessor de Comunicação Social
da Imprensa Nacional
Taí Jorjão, parabéns pela sua heroica trajetória na Imprensa Nacional. Como o repórter deve ser impessoal, isento e imparcial, fora de texto digo-lhe que aprendi muito contigo tanto aqui como no Correio Braziliense, embora lá a convivência tenha sido mais curta. Em ambos os casos, confesso que você sempre me passou aquela tranquilidade de quem conhece o que faz e a coragem de enfrentar os poderosos donos da razão. Abraços. Estou com uma Vale Verde para o dia do nosso chope. Desejo toda paz do mundo para você, Denise, Daniel, Mariana e os futuros netos.










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